quarta-feira, 27 de junho de 2012

leitura online a cabana 
pg 38 a 55




Missy, você tem de deixar a coleção em casa,
querida. Acredite, eles estão mais seguros aqui. - Nan
esticou a cabeça pela quina da parede e franziu a
testa amorosamente para Mack, enquanto ele
encolhia os ombros.
— Eu tentei, querida - sussurrou ele para Missy.
— Grrr - rosnou Missy. E, sabendo que a batalha
estava perdida, pegou a caixa e saiu.
Na noite de quinta-feira a van estava lotada e a
carreta-barraca de reboque presa, com luzes e freios
testados. Na sexta de manhã, depois de um último
sermão de Nan para os filhos sobre segurança,
obediência, escovar os dentes de manhã, não pegar
gatos com listras brancas nas costas e todo tipo de
outras coisas, todos saíram: Nan para o norte e Mack
e os três mosqueteiros para o leste. O plano era voltar
na noite de terça-feira, véspera do primeiro dia de
aula.
Mack e os filhos pararam na cachoeira Multnomah
para comprar um livro de colorir e lápis de cor para
Missy e duas máquinas fotográ-ficas descartáveis e à
prova de água para Kate e Josh. Depois decidiram
subir a curta distância da trilha até a ponte diante da
cachoeira. Antiga-mente havia um caminho rodeando
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀖􀀛
o poço principal e entrando numa caverna rasa atrás
da queda-de-água, mas infelizmente ele tinha sido
bloqueado pelas autoridades do parque por causa da
erosão. Missy adorava o lugar e implorou ao pai para
contar a lenda da bela jovem índia, filha de um chefe
da tribo Multnomah. Foi preciso um pouco de
insistência, mas por fim Mack cedeu e recontou a
história enquanto olhavam para a névoa que envolvia
a cachoeira.
A história falava de uma princesa, a única filha que
restava ao pai idoso. O chefe adorava a filha e
escolheu com cuidado um marido para ela: um jovem
chefe guerreiro da tribo Clatsop que a amava. As
duas tribos se juntaram para as comemorações do
casamento. Mas, antes do começo da festa, uma
doença terrível começou a matar muitos homens.
Os anciãos e os chefes se reuniram para discutir o
que poderiam fazer contra a doença devastadora que
dizimava rapidamente seus guerreiros. O curandeiro
mais velho contou que seu pai, perto de morrer, já
bem idoso, havia previsto uma doença terrível que
mataria seus homens, uma doença que só poderia ser
vencida se a filha de um chefe, pura e inocente,
oferecesse de boa vontade a vida pelo seu povo. Para
realizar a profecia, ela deveria subir voluntariamente
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num penhasco acima do Grande Rio e pular para a
morte nas rochas abaixo.
Uma dúzia de jovens, todas as filhas dos vários
chefes, foram trazidas diante do Conselho. Depois de
demorados debates, os anciãos deci-diram que não
poderiam pedir um sacrifício tão precioso, sobretudo
porque não sabiam se a lenda era verdadeira.
Mas a doença continuou se espalhando implacável
entre os homens, e finalmente o jovem chefe
guerreiro, o futuro esposo, caiu doente. A princesa,
que o amava muito, soube no fundo do coração que
algo precisava ser feito e, depois de lhe dar um leve
beijo na testa, afastou-se.
Demorou toda a noite e todo o dia seguinte para
chegar ao local indicado na lenda, um penhasco
altíssimo acima do Grande Rio e das terras mais
além. Depois de rezar e se entregar ao Grande
Espírito, ela cumpriu a profecia sem hesitar, pulando
para a morte nas rochas abaixo.
Nas aldeias, na manhã seguinte, os doentes se
levantaram saudáveis e fortes. Houve grande júbilo e
comemoração, até que o jovem guerreiro descobriu
que sua adorada noiva havia sumido. À medida que a
percepção do que acontecera se espalhava
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rapidamente entre o povo, muitos empreenderam a
jornada até o lugar onde sabiam que iria encontrá-la.
Enquanto se reuniam em silêncio ao redor do corpo
destroçado na base do penhasco, seu pai, tomado
pelo sofrimento, gritou para o Grande Espírito,
pedindo que o sacrifício dela fosse lembrado para
sempre. Nesse momento, do lugar de onde ela havia
pulado comece jorrar água, transformando-se numa
névoa fina que caía aos pés deles, lentamente
formando um lago maravilhoso.
Normalmente, Missy adorava a história. A narrativa
possuía todo os elementos de um verdadeiro conto de
redenção, não muito diferente história de Jesus que
ela conhecia tão bem. Falava de um pai que amava a
filha única e de um sacrifício anunciado por um
profeta. Por causa do amor, a jovem escolheu dar sua
vida para salvar o noivo e as tribos da morte certa.
Mas, dessa vez, Missy ficou quieta quando a história
terminou. Virou-se imediatamente e dirigiu-se para a
van, como se dissesse: "Tudo bem, não tenho mais
nada para fazer aqui. Vamos indo."
Deram uma parada rápida para um lanche junto ao
rio Hood, depois voltaram para a auto-estrada que
iria levá-los pelos últimos 115 quilômetros até a
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀗􀀔
cidade de Joseph. O lago e o local de acampamento
ficavam poucos quilômetros depois de Joseph.
Quando chegaram, arrumaram tudo - não exatamente
como Nan teria preferido, mas do jeito que lhes
pareceu melhor.
Naquele fim de tarde, sentado entre as três crianças
que riam assistindo a um dos maiores espetáculos da
natureza, o coração de Mack foi subitamente
inundado por uma alegria inesperada. Um pôr-do-sol
de cor e padrões
brilhantes destacava as poucas nuvens que haviam
esperado nas coxias para se tornarem os atores
centrais nessa apresentação única. Ele era um homem
rico, pensou, em todos os sentidos que mais
importavam.
Quando acabaram de limpar os restos do jantar, a
noite havia caído. Os cervos tinham ido para o lugar
onde dormem. Seu turno foi substi-tuído pelos
encrenqueiros noturnos: guaxinins, esquilos e tâmias,
que perambulavam em bandos procurando qualquer
recipiente ligeiramente aberto. Os Phillips sabiam
disso por experiência própria. A primeira noite que
tinham passado nesses locais de acampamento lhes
custara quatro dúzias de barras de cereal, uma caixa
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de chocolate e todos os biscoitos de creme de
amendoim.
Antes que ficasse muito tarde, os quatro deram uma
pequena cami- nhada para longe das fogueiras e das
lanternas do acampamento, até um lugar escuro e
quieto onde pudessem se deitar e olhar maravilhados
a Via-Láctea, espantosa e intensa sem a poluição das
luzes da cidade. Mack era capaz de ficar horas
deitado olhando aquela vastidão. Sentia-se
incrivelmente pequeno, mas em paz. De todos os
lugares em que a presença de Deus se fazia sentir, era
ali, rodeado pela natureza e sob as estrelas, um dos
mais tocantes. Quase podia ouvir o hino de adoração
que os astros faziam ao Criador, e em seu coração
relutante ele parti-cipava do melhor modo possível.
Então voltaram ao acampamento e, depois de várias
viagens aos ba- nheiros, Mack enfiou os três na
segurança de seus sacos de dormir. Rezou
brevemente com Josh antes de ir até onde Kate e
Missy estavam esperando. Quando chegou a vez de
Missy rezar, ela quis conversar com o pai.
— Papai, por que ela teve de morrer?
Mack demorou um momento para descobrir do que
Missy estava falando. Percebeu subitamente que a
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princesa índia devia estar na cabeça da menina desde
cedo, quando ele contara a história.
— Querida, ela não teve de morrer. Ela escolheu
morrer para salvar seu povo. Eles estavam doentes e
ela queria que se curassem.
Houve um silêncio e Mack soube que outra pergunta
estava se for- mando no escuro.
— Isso aconteceu mesmo? - A pergunta agora vinha
de Kate, obvia- mente interessada na conversa.
Mack pensou antes de falar.
— Não sei, Kate. É uma lenda, e às vezes as lendas
são historias que ensinam uma lição.
— Então não aconteceu de verdade? - perguntou
Missy.
— Pode ter acontecido, querida. Às vezes as lendas
nascem de histórias verdadeiras, coisas que
aconteceram de fato.
De novo silêncio, e depois:
— Então a morte de Jesus é uma lenda?
Mack podia ouvir as engrenagens girando na mente
de Kate. - Não,
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀗􀀗
querida, a história de Jesus é verdadeira. E sabe de
uma coisa? Acho que a história da princesa índia
provavelmente também é.
Mack esperou enquanto suas filhas processavam os
pensamentos. Missy foi à próxima a perguntar:
— O Grande Espírito é outro nome para Deus? Você
sabe, o pai de Jesus?
Mack sorriu no escuro. Obviamente as orações
noturnas de Nan estavam surtindo efeito.
— Acho que sim. É um bom nome para Deus,
porque ele é um espírito e é grande.
— Então por que ele é tão mau?
Ah, ali estava à pergunta que viera crescendo na
cabecinha da filha !
— Como assim, Missy?
— Bom, o Grande Espírito fez a princesa pular do
penhasco e fez
Jesus morrer numa cruz. Isso parece muito mal.
Mack ficou travado. Não sabia como responder.
Com seis anos e meio,
Missy estava fazendo perguntas com as quais pessoas
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀗􀀘
sábias haviam lutado durante séculos.
— Querida, Jesus não achava que o pai dele era mau.
Achava que era cheio de amor e que o amava muito.
O pai dele não o fez morrer. Jesus escolheu morrer
porque ele e o pai amavam muito você, eu e todas as
pessoas. Ele nos salvou da doença, como a princesa.
Agora veio o silêncio mais longo e Mack começou a
imaginar que a menina teria caído no sono. Quando
ia se inclinar para lhes dar um beijo, uma vozinha
com um tremor perceptível rompeu a quietude.
— Papai?
— Sim, querida?
— Algum dia eu vou ter de pular de um penhasco?
O coração de Mack doeu quando ele entendeu a
verdadeira questão.
Abraçou a menininha e a apertou. Com há voz um
pouco mais rouca do que o usual, respondeu
gentilmente:
— Não, querida. Nunca vou pedir para você pular de
um penhasco, nunca, nunca, jamais.
— Então Deus vai me pedir para pular de um
penhasco?
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— Não, Missy. Ele nunca pediria que você fizesse
uma coisa dessas. Ela se aninhou mais fundo em seus
braços.
— Está bem! Dá-me um abraço apertado. Boa noite,
papai. Eu te
amo.
E apagou, caindo num sono profundo embalado por
sonhos bons e
doces.
Depois de alguns minutos, Mack a colocou
suavemente no saco de
dormir.
— Você está bem, Kate? - sussurrou enquanto lhe
dava um beijo.
— Estou - veio a resposta murmurada. - Pai?
— O que é, querida?
— A Missy faz perguntas boas, não é?
— Com certeza. É uma menininha especial. Você
também é, só que
não é mais tão pequenininha. Agora durma, temos
um grande dia pela frente. Lindos sonhos, querida.
— Você também, pai. Te amo demais!
— Te amo também, de todo o coração. Boa noite.
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀗􀀚
Mack fechou o zíper do reboque ao sair, assuou o
nariz e enxugou as
lágrimas que desciam pelo rosto. Fez uma oração
silenciosa de agradecimento a Deus e foi coar um
pouco de café.
O MERGULHO
A alma é curada ao estar com crianças. - Fedor
Dostoievski
O Parque Estadual do Lago Wallowa, no Oregon, e
a área ao redor têm sido chamados, com propriedade,
de Pequena Suíça da América. Montanhas
escarpadas e agrestes erguem-se até quase 3 mil
metros, no meio delas, há inúmeros vales escondidos
cheios de riachos, trilhas de caminhada e altas
campinas cobertas de flores silvestres. O lago
Wallowa é a passagem para a Área de Recreação
Nacional de Hells Canyon, onde está o maior
desfiladeiro da América do Norte. Esculpido no
decorrer de séculos pelo rio Snake, em alguns lugares
tem mais de 3 quilômetros do topo à base, e às vezes
16 quilômetros de uma borda à outra.
Na Área de Recreação há mais de 1.400 quilômetros
de trilhas de caminhada. Os vestígios da presença da
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tribo Nez Perce, que antes dominava a região, estão
espalhados por essa vastidão, junto com os dos
colonos brancos que passavam a caminho do Oeste.
A cidade de Joseph, ali perto, é assim chamada por
causa de um poderoso chefe tribal cujo nome
indígena significava Trovão Rolando Montanha
Abaixo.
A área oferece abundante flora e vida selvagem,
incluindo alces, ursos, corvos e cabritos monteses.
O lago Wallowa mede 8 quilômetros de
comprimento e um e meio de largura e foi formado,
segundo alguns, por geleiras que ali se encontravam
há 9 milhões de anos. Fica a cerca de um quilômetro
e meio da cidade de Joseph, a uma altitude de 1.340
metros. A temperatura da água é de tirar o fôlego
durante a maior parte do ano, mas fica agradável no
fim do verão para um nado rápido perto da margem.
Mack e as crianças preencheram os três dias
seguintes com diversão e lazer. Missy, aparentemente
satisfeita com as respostas do pai, não voltou ao
assunto da princesa, mesmo quando uma caminhada
diurna os levou perto de penhascos altíssimos.
Passaram algumas horas an-dando de pedalinho junto
à margem do lago, esforçaram-se ao máximo para
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ganhar um prêmio no minigolfe, cavalgaram nas
trilhas e visi-taram as lojinhas da cidade de Joseph.
Ao longo do fim de semana, duas outras famílias
juntaram-se magicamente ao mundo dos Phillips.
Como acontece freqüentemente, as crianças deram
início à amizade. Josh gostou especialmente de
conhecer os Ducette, pois a filha mais velha, Amber,
era uma linda mocinha mais ou
menos da sua idade. Kate adorou implicar com o
irmão mais velho por causa disso, e ele reagiu indo
irritado para a carreta-barraca, voci-ferando e
resmungando. Amber tinha uma irmã, Emmy, apenas
um ano mais nova do que Kate, e as duas passaram a
brincar juntas. Vicky e Emil Ducette tinham viajado
de sua casa no Colorado, onde Emil tra-balhava
como agente policial do Serviço de Pesca e Vida
Selvagem e Vicky cuidava do lar e do filho caçula, J.
J., que agora tinha quase um ano.
Os Ducette apresentaram Mack e os filhos a um casal
canadense que haviam conhecido antes, Jesse e
Sarah Madison. Pareciam tranqüilos, despretensiosos,
e Mack gostou deles à primeira vista. Os dois trabalhavam
como consultores independentes, Jesse na
área de recursos humanos e Sarah na de
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀘􀀓
administração. Missy ligou-se logo a Sarah e as duas
costumavam ir ao acampamento dos Ducette para
ajudar Vicky com J. J.
O domingo nasceu radioso e todo o grupo se
empolgou com a idéia de pegar o teleférico do lago
Wallowa até o topo do monte Howard - 2.484 metros
acima do nível do mar. Jesse e Sarah convidaram
todos para almoçar em um restaurante no topo da
montanha. Depois passariam o resto do dia
caminhando até os cinco pontos de observação e os
mirantes, Armados de máquinas fotográficas, óculos
escuros, garrafas de água e protetor solar, partiram no
meio da manhã. Como já imaginavam, fizeram uma
verdadeira festa com hambúrgueres, batatas fritas e
milk-shakes no restaurante. A altitude estimulou o
apetite - até Missy conseguiu devorar um
hambúrguer inteiro e a maior parte das outras
guloseimas.
Depois do almoço, caminharam pelas trilhas até os
mirantes próximos. Dali se divisava um panorama
deslumbrante que ia até o horizonte, semeado de
pequenas cidades. No fim da tarde estavam todos
cansados e felizes. Missy, que Jesse havia carregado
nos ombros até dois últimos mirantes, dormia no colo
do pai enquanto chacoalhavam no teleférico de
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀘􀀔
descida.
"Este é um daqueles momentos raros e preciosos",
pensou Mack, "que pegam à gente de surpresa e
quase tiram o fôlego. Se Nan estive aqui, seria
realmente perfeito." Ajeitou o peso de Missy numa
posição mais confortável para ela e tirou o cabelo do
rosto da menina para olhá-la. A sujeira e o suor do
dia só faziam, estranhamente, aumentar seu ar de
inocência e sua beleza. "Por que eles têm de
crescer?" pensou ao dar um beijo na testa da filha.
Naquela noite, as três famílias se reuniram para um
último jantar juntos. Mais tarde, os adultos sentaramse
bebericando café ao redor uma fogueira, enquanto
Emil contava suas aventuras em operações contra
quadrilhas de contrabando de animais em extinção.
Era um narrador hábil e sua profissão
oferecia um enorme elenco de histórias hilariantes.
Tudo era fascínio e Mack voltou a ser inundado por
um imenso bem-estar.
Como acontece freqüentemente quando uma fogueira
de acampamento arde por muito tempo, à conversa
passou do humorístico para o mais pessoal. Sarah
parecia ansiosa para conhecer melhor o resto da
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família de Mack, especialmente Nan.
— Como ela é, Mackenzie?
Mack adorava exaltar as maravilhas de sua Nan.
— Modéstia à parte, Nan é linda por dentro e por
fora. - Sorriu
encabulado e viu os dois olhando afetuosamente para
ele. Estava realmente com saudade de sua mulher. —
O nome completo dela é Nannette, mas quase todo
mundo só a chama de Nan. Tem uma tremenda
reputação na comunidade médica, pelo menos no
Noroeste. É enfermeira e trabalha com pacientes
terminais de câncer. Ê um trabalho duro, mas ela
adora. Bom, Nan escreveu alguns textos e tem feito
palestras em congressos.
— Verdade? - perguntou Sarah. — Sobre o que ela
fala?
— Ela ajuda as pessoas que estão diante da morte a
pensarem no relacionamento com Deus.
— Eu adoraria ouvir mais sobre isso - encorajou
Jesse enquanto atiçava o fogo com um graveto,
fazendo-o avivar-se com vigor renovado.
Mack hesitou. Por mais que se sentisse à vontade
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com aqueles dois, não os conhecia de fato e a forma
como a conversa se aprofundara o deixava meio
inquieto. Procurou responder de maneira sucinta.
— Nan é muito melhor nisso do que eu. Acho que
ela pensa em Deus de modo diferente da maioria das
pessoas. Ela até o chama de Papai, porque se sente
muito íntima dele, se é que isso faz sentido para
vocês.
— Claro que faz - exclamou Sarah, enquanto Jesse
confirmava com a cabeça. — Toda a sua família
chama Deus de Papai?
— Não - respondeu Mack rindo. — As crianças às
vezes chamam, mas eu não me sinto confortável com
isso. Parece um pouco familiar demais para mim. De
qualquer modo, Nan tem um pai maravilhoso e, por
isso, acho que é mais fácil para ela.
A coisa havia escapado e Mack estremeceu por
dentro esperando que ninguém tivesse percebido;
mas Jesse o olhava com interesse.
— Seu pai não era maravilhoso? - perguntou com
gentileza.
— É. - Mack fez uma pausa. — Acho que se pode
􀀤􀀃􀀦􀁄􀁅􀁄􀁑􀁄􀀏􀀃􀁅􀁜􀀃􀀺􀁌􀁏􀁏􀁌􀁄􀁐􀀃􀀳􀀑􀀃􀀼􀁒􀁘􀁑􀁊 􀀘􀀗
dizer que ele não era maravilhoso. Morreu quando eu
era criança, de causas naturais. - Riu, mas o som foi
oco. Olhou para os dois. — Bebeu até morrer.
— Lamentamos muito - disse Sarah afetuosamente.
— Bom - ele observou, forçando outro riso -, às
vezes a vida é dura, mas eu tenho muita coisa para
agradecer.
Seguiu-se um silêncio incômodo e Mack se
perguntou por que estava falando sobre essas coisas
com aqueles dois. Segundos depois foi resgatado por
um jorro de crianças que se derramaram do trailer
para o meio deles. Para alegria de Kate, ela e Emmy
haviam surpreendido Josh e Amber de mãos dadas
no escuro e queriam que todos soubessem. Josh
estava tão fascinado que nem chegou a protestar.
Quando os Madison se despediram de Mack e de
seus filhos, Sarah bateu carinhosamente no ombro do
novo amigo. Depois foram andando peIa escuridão
até o acampamento dos Ducette. Mack ficou
olhando-os até não conseguir mais escutar seus
sussurros e a luz oscilante da lanterna deles
desaparecer. Sorriu e virou-se para arrebanhar sua
turma na direção dos sacos de dormir.
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segunda-feira, 25 de junho de 2012

As melhores historias da mitologia nórdica.
Autor:Carmen Seganfredo.
                                     
Esse livro traz varias historias sobre a mitologia nórdica, incluindo também uma pequena versão do conto "O anel dos Nibelungos".Nesse livro você encontra vários heróis asgardianos como Thor,Balder o Bravo,os três grandes e vários outros.  

quarta-feira, 20 de junho de 2012

exemplos de animes

Alguns exemplos de animes masculinos que fazem sucesso:


                      One piece 
               
Ruffy,sonha em ser o maior piratas buscando o tesouro chamado "one piece",onde ele conhece seus amigos que ajudam na busca pelo magnifico tesouro.
                  Bragon ball z e GT 




                









Dragon Ball é um anime que retrata a historia de Goku e das esferas do dragão(que sao sete ao total,ao juntarem as 7, o dragão Shen Long é invocado ele pode realizar qual quer desejo ).
                                  Naruto
   Naruto é um jovem que sonha em ser o lider da vila da folha, e recuperar seu amigo sasuke.
                    
                                        Bleach
                             
Bleach é uma serie do jovem Ichigo , com o poder de ceifador de almas,seu poder é medido pelo poder da sua katana.
                        


   

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Como desenhar manga

                      A arte  manga

No período Edo, em que os rolos são substituídos por livros, as estampas eram inicialmente destinadas à ilustração de romances e poesias, mas rapidamente surgem livros para ver em oposição aos livros para ler, antes do nascimento da estampa independente com uma única ilustração: o ukiyo-e no século XVI. É, aliás, Katsushika Hokusai o precursor da estampa de paisagens, nomeando suas célebres caricaturas publicadas de 1814 à 1834 emNagoya, cria a palavra mangá — significando "desenhos irresponsáveis" — que pode ser escrita, em japonês, das seguintes formas:Kanji (漫画?), Hiragana (まんが?), Katakana (マンガ?) e Romaji (Manga).









Maior São joão do mundo!







Maior são joão do mundo!

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'Olha pro céu, meu amor. Vê como ele está lindo' (Luiz Gonzaga)



Campina Grande, a maior cidade do interior do Nordeste realiza “O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO” desde 1983, mantendo viva a cultura popular nordestina rica em crenças, danças e músicas.



Maior em tudo o que faz, a cidade festeja durante 31 dias numa área de mais de 80 mil metros quadrados, entre 4 planos distintos um autêntico evento junino. A festa abriga o Arraial Luiz Gonzaga, a Pirâmide Jackson do Pandeiro, Arraial Hilton Motta e o Centro de Arte e Cultura Popular, devidamente revestidos de cenografias que enaltecem os valores juninos e salientam as características históricas e arquitetônicas da cidade. Além disso, O Maior São João do Mundo conta ainda com a descentralização para os bairros e distritos da cidade que consolida a valorização que o nosso povo tem para com as suas tradiçoes, a exemplo do que vem ocorrendo nos distritos de Galante e São José da Mata que se tornaram outro ponto alto do evento na programação diurna.



O Maior evento junino do mundo é uma festa consolidada. A cada ano toda a cidade se prepara pra viver, durante o mês de junho, um contagiante clima de alegria. A animação da música nordestina que proporciona ainda mais beleza à festa junina é engrandecida por centenas de quadrilhas com suas belas coreografias, coloridas bandeirolas, o calor das fogueiras e as luzes que enfeitam as ruas.



O São João é uma manifestação artística que se tornou patrimônio da comunidade campinense e do País. É um evento que faz parte do calendário turístico da EMBRATUR, apontado pelo órgão como A MAIOR FESTA POPULAR DO NORDESTE e uma das mais importantes do País.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Comentário Sobre a Leitura

Um Livro, é  um ótimo companheiro para uma pessoa, que quer saber mais sobre a vida, e as palavras ,  e sobre tudo que queremos saber do  mundo.

                         Ler é  a melhor coisa que você pode fazer na vida, para enriquecer seu vocabulário e seu conhecimento !!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Comidas Tipicas da festa junina




COMIDAS TÍPICAS DE FESTA JUNINA
Toda Festa Junina deve contar com os pratos típicos, pois eles fazem parte da tradição desta importante festa da cultura popular brasileira. São doces, salgados e bebidas que estão relacionados, principalmente, à cultura do campo e da região interior do Brasil. Podemos destacar que muitos cereais (milho, arroz, amendoim) estão na base de grande parte das receitas destas comidas. O coco também aparece em grande parte das receitas, principalmente dos doces.
As principais bebidas e comidas de Festa Junina:
- Arroz Doce
- Bolo de Milho Verde
- Baba de moça
- Biscoito de Polvilho
- Pipoca
- Curau
- Pamonha
- Canjica
- Milho Cozido
- Suco de milho verde
- Quentão (bebida feita com gengibre, pinga e canela)
- Biscoito de Polvilho
- Batata Doce Assada
- Bolo de Fubá
- Bom-bocado
- Broa de Fubá
- Cocada
- Cajuzinho
- Doce de Abóbora
- Doce de batata-doce
- Maria-mole
- Pastel Junino
- Pé de moleque
- Pinhão
- Cuzcuz
- Quebra Queixo
- Quindim
- Rosquinhas de São João
- Vinho Quente
- Suspiro