domingo, 18 de novembro de 2012

Dia Nacional do Combate ao Câncer


Dia 27 de Novembro - Dia Nacional do Combate ao Câncer

Símbolo de combate ao câncer e autoexame de mama

O câncer é uma doença que se manifesta através do desenvolvimento de células desordenadas, que invadem os tecidos causando novos focos da doença através da metástase.
A doença possui características que invadem as células sadias, além de disseminar as células contaminadas, rapidamente, através da corrente sanguínea.
Em razão dos problemas causados pela doença, a partir de 1988 o Brasil estabeleceu um dia de tentativa e luta contra a mesma, o dia 27 de novembro. Nessa data são desenvolvidos projetos educativos, de conscientização da população acerca da doença e dos riscos em adquiri-la. Nesse dia, são distribuídos laços vermelhos para serem afixados nas roupas como broches, como símbolo da campanha.
Várias campanhas são realizadas para combater o câncer, os principais fatores que levam à doença são: fumaça de cigarro (químico), radioatividade (físico), infecções virais (biológicos).
Nos últimos anos, os tumores malignos, como também são chamados, foram responsáveis por 12% das mortes no mundo.
Os tratamentos da doença evoluíram muito e, hoje em dia, diagnósticos feitos precocemente podem auxiliar na cura do paciente em até 100%.
Os casos mais graves de câncer são:

O câncer de pulmão é o pior de todos e o mais fácil de ser encontrado. Nas últimas décadas a doença cresceu, no Brasil, cerca de 57% entre os homens e 134% entre as mulheres, pois muitas delas são fumantes passivas. Esse tipo de câncer leva à morte, pois os recursos não são dos melhores. Os tratamentos se restringem a sessões de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia.
De mama, atingindo cerca de 35 mil brasileiras por ano, normalmente aparece em quem tem predisposição genética, havendo outros casos na família. É importante fazer exames de mama e, a partir dos vinte anos de idade, toda mulher deve fazer o autoexame, apalpando os seios logo após o período da menstruação. Mulheres com mais de trinta e cinco anos devem fazer mamografia a cada ano, a fim de assegurar que não estão desenvolvendo a doença.
Nas mulheres, também temos o câncer de colo do útero, responsável pela morte de 4 mil pacientes por ano no Brasil. É causado pelo vírus papiloma humano ou HPV, adquirido nas relações sexuais. Os sintomas desse tipo de câncer são corrimentos contínuos, sangramentos e dores durante as relações sexuais. Quando a mulher percebe esses sintomas, em caso de contaminação pelo vírus, a doença já se encontra em estágio avançado, por isso o melhor a fazer é se prevenir através do uso de preservativos.
Nos homens a doença aparece na próstata, com o desenvolvimento do tumor, porém, facilmente diagnosticado nos consultórios médicos. O problema é que o exame é feito através do toque retal, a partir dos 40 anos de idade, e muitos homens não se sujeitam a passar por essa forma de análise. Quando se descobre a doença, muitas vezes a mesma já está em estágio avançado, por falta de visitas regulares ao médico.
pele também é vítima do câncer. A grande exposição ao sol, a destruição da camada de ozônio, tem feito com que os raios ultravioletas cheguem a atingir-nos com maior facilidade. É comum vermos pessoas estiradas ao sol, entre as dez e quatorze horas, considerados horários críticos à exposição. No Brasil, esses têm aumentado em média de 100 mil novos casos por ano. O mais comum é o carcinoma, sendo responsável por 90% dos casos. Mas o melanoma é a espécie mais agressiva, podendo levar à morte se não for diagnosticado e tratado precocemente, já que pode atingir os órgãos vitais. O tratamento do melanoma é cirurgia seguida de sessões de quimioterapia.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia afirma que uma das maiores dificuldades na luta contra o câncer é para se fazer um trabalho preventivo, de conscientização das pessoas.
Alguns tipos da doença, como de colo de útero, próstata, testículos, língua, boca, pele, dentre outros, poderiam ser diagnosticados facilmente em consultas clínicas, feitas regularmente.

Lei 10.639/03 e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana


Lei 10.639/03 e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana


A Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.

A Lei 10.639/03 versa sobre a valorização da história afro-brasileira e africana
A Lei 10.639/03 versa sobre a valorização da história afro-brasileira e africana


O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil sempre foi lembrado nas aulas de História com o tema da escravidão negra africana. No presente texto pretendemos esboçar uma reflexão acerca da Lei 10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
Uma primeira reflexão que devemos fazer é sobre a palavra escravo, que foi sempre atribuída a pessoas em determinadas condições de trabalho. Portanto, a palavra escravo não existiria sem o significado do que é o trabalho e das condições para o trabalho.
Quando nos referimos, em sala de aula, ao escravo africano, nos equivocamos, pois ninguém é escravo – as pessoas foram e são escravizadas. O termo escravo, além de naturalizar essa condição às pessoas, ou seja, trazer a ideia de que ser escravo é uma condição inerente aos seres humanos, também possui um significado preconceituoso e pejorativo, que foi sendo construído durante a história da humanidade. Além disso, nessa mesma visão, o negro africano aparece na condição de escravo submisso e passivo.
A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Com a Lei 10.639/03 também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil. Sendo assim, como trabalhar com essa temática em sala de aula? Os livros didáticos já estão quase todos adaptados com o conteúdo da Lei 10.639/03, mas, como as ferramentas que os professores podem utilizar em sala de aula são múltiplas, podemos recorrer às iconografias (imagens), como pinturas, fotografias e produções cinematográficas.
Uma boa indicação de material didático para abordar esse conteúdo são os materiais intitulados A Cor da Cultura, que variam entre livros animados, entrevistas, artigos, notícias e documentários, disponíveis em  http://www.acordacultura.org.br/– material importante que ressalta a diversidade cultural da sociedade brasileira.
 Outro importante material sobre a história da África, o qual os professores poderão utilizar como suporte teórico para a compreensão da diversidade étnica que constitui o continente africano, é a coleção História Geral da África, que tem aproximadamente dez mil páginas, distribuídas em oito volumes. Criada e reeditada por iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a coleção aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980, e está disponível para download gratuito em http://www.dominiopublico.gov.br.
O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, após a aprovação da Lei 10.639/03, fez-se necessário para garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira. Portanto, os professores exercem importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil. 

Dia Nacional da consciência Negra!


Dia 20 de Novembro - O Dia Nacional da Consciência Negra e o livro “Cartas entre Marias”


Capa do livro Cartas entre Marias

O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro. Essa data foi escolhida como uma homenagem a Zumbi dos Palmares, que morreu no dia 20 de novembro de 1695. Nesse mês, vários trabalhos, programas televisivos, eventos educativos, projetos artísticos e culturais dão ênfase ao importante papel que o negro exerce em nossa sociedade, porém, essa abordagem deve ocorrer diariamente, rompendo com o preconceito que, infelizmente, ainda persiste em diversos pontos do planeta.
A sala de aula é um ambiente de aprendizagem e convívio social, sendo assim, ela se torna um espaço privilegiado para a abordagem de diversos temas, inclusive sobre o respeito à diversidade étnica. Nesse sentido, elaboramos uma estratégia de ensino para ministrar aulas sobre a riqueza, influência e pluralidade cultural do povo africano.
Inicie a aula elucidando que, no Brasil, o Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro (destaque o motivo da escolha da data). Em seguida, explique que essa abordagem não deve se limitar a apenas um dia ou um mês, e sim o ano todo. Esclareça a importância do negro para a formação da sociedade brasileira, citando a influência na culinária, danças, roupas, economia, entre outros aspectos.
Posteriormente, apresente aos alunos um ótimo material sobre o tema – o livro Cartas entre Marias, de autoria de Virgínia Maria Yunes e Maria Isabel Leite, da Editora Evoluir Cultural. Essa obra é extraordinária para se trabalhar em sala de aula, visto que ela enfatiza a riqueza natural, étnica e cultural de um país africano: Guiné-Bissau.
O livro conta a história de duas amigas (Ana Maria e Maria Cristina) que moram em Florianópolis, Santa Catarina. No entanto, o pai de uma delas tem que fazer uma viagem a trabalho para uma ilha em Guiné-Bissau, levando toda a família. Nesse momento, começam as trocas de cartas entre as duas personagens, nas quais são descritos os elementos do cotidiano e da cultura do país africano. O material possui belas fotos de Guiné-Bissau, que foram tiradas por Virgínia Maria Yunes, uma das escritoras do livro.
Através dessa obra, o professor pode fazer analogias sobre os elementos culturais do Brasil e de Guiné-Bissau, além de destacar as belezas naturais do país descrito no livro. Explore ao máximo as fotos registradas e desperte o sentimento de respeito à diversidade étnica e cultural.
Encerre a aula debatendo duas perguntas realizadas para Maria Isabel Leite:
- De acordo com a análise das autoras do livro, quais os principais pontos em comum entre a cultura brasileira e a de Guiné-Bissau?
Difícil responder a essa questão sem resvalar para as perigosas generalizações. Se já é difícil falar de “cultura brasileira”, imagine da cultura de um continente tão grande como a África, que tem tantos países e cada um com suas características... Preferimos destacar a diversidade das culturas brasileiras e das culturas africanas – sempre no plural! Não se pode falar de cultura no singular. É isso que gera tantos equívocos. Mas se querem que destaquemos alguns aspectos de aproximação clara entre a cultura dessa aldeia da Guiné-Bissau com alguns pontos brasileiros, podemos lembrar da culinária apimentada da Bahia, da sua musicalidade, das suas festas – só para não deixar de fazer as aproximações requeridas.

- Vocês concordam com a forma de abordagem do continente africano nos livros didáticos? O que deveria ser mudado?
Tanto não concordamos, que decidimos começar por esse livro. Cada imagem foi pensada na perspectiva de desconstrução de estigmas. Cada frase foi escrita com o intuito de deflagrar perplexidades e colocar em xeque as verdades anteriores, construídas pelo senso comum. Se cada livro fizesse isso, a imagem e a relação com a cultura do outro, não só da Guiné-Bissau, mas de qualquer outro lugar, seria diferente. O que desejamos é contribuir para um universo de maior respeito à diversidade em todos os sentidos. 

Dia da Consciência Negra e o herói chamado Zumbi


Dia 20 de Novembro - Dia da Consciência Negra e o herói chamado Zumbi

Zumbi líder do quilombo dos Palmares
Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência antiescravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razão do grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje, estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.
O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital era Macaco, na Serra da Barriga.
A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.
O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

Proclamação da República


Dia 15 de Novembro Proclamação da República


Deodoro da Fonseca: executor de uma mudança construída ao longo do tempo.

O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.


Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.



Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava.



Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.



O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.



No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.



A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.



O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.


Primeira República
A primeira República, também conhecida como República Velha, foi o período que abrange a Proclamação da República até a revolução de 1930. Em 15 de novembro de 1889, houve uma reunião para decidir acerca da república no Brasil através do voto popular. Até que um plebiscito fosse realizado, a República permaneceu provisória. O governo provisório foi inicialmente comandado por marechal Deodoro da Fonseca que estabeleceu algumas modificações como a reforma do Código Penal, a separação da Igreja e do Estado, a naturalização dos estrangeiros residentes no país, a destruição do Conselho, a anulação do senado vitalício entre outras.
Em 21 de dezembro, a junta militar reuniu-se na Assembleia Constituinte para discutir acerca de uma nova Constituição que marcaria o início da República. Após um ano de realização do novo regime, o Congresso novamente se reuniu para que em 24 de fevereiro de 1891 fosse promulgada a primeira Constituição da República do Brasil, o que ocorreu neste dia. Essa constituição foi inspirada na Constituição dos Estados Unidos que se fundamenta na descentralização do poder que era dividido entre os Estados. Dessa forma, a Constituição do Brasil estabeleceu a federação dos Estados, o sistema presidencial, o casamento civil, a separação do poder criando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, autonomia dos estados e municípios.
Esse regime recebeu o nome de República da Espada. Tal denominação se deu pela condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil. Apesar de reconhecida, a República sofreu grandes dificuldades, pois houve revoltas que a colocaram em perigo. Em 23 de novembro de 1891, Deodoro da Fonseca renunciou a presidência por ter tomado providências para fechar o Congresso, fato que gerou a primeira revolta armada e por este principal motivo Deodoro deixou o poder para evitar o desenrolar da revolta. Floriano Peixoto, até então vice-presidente, assumiu o cargo máximo executivo. Em oposição ao que dizia a Constituição, Floriano Peixoto impediu que uma nova eleição fosse feita gerando grande oposição, pois foi taxado como “ditador” ao governar de maneira centralizada, além de demitir todos aqueles que apoiaram Deodoro da Fonseca em seu mandato. Em 1893, inicia-se a Segunda Revolta Armada. Diante do fato, Floriano domina a revolta bombardeando a capital do país.
Após a saída de Floriano Peixoto, a aristocracia cafeeira que já dominava a supremacia econômica passou a dominar também a supremacia política. A República Oligárquica se fortaleceu com a chegada de Prudente de Morais na presidência, pois ele apoiou as oligarquias agrárias.


O regime republicano no Brasil

A República foi criada no Brasil pelo viés de um projeto visivelmente conservador.

No final da década de 1880, vários setores políticos brasileiros se mobilizavam em favor da extinção da monarquia e a consolidação da República no Brasil. A essa altura, a desarticulação da ordem escravocrata determinava a queda de um dos mais significativos sustentáculos da monarquia. Além disso, o surgimento de novos atores políticos, ávidos em ampliar a sua participação, também expunha a fragilidade que acometia o governo imperial.

Nessa época, os mais expressivos partidários do republicanismo se dividiam em três alas diferentes: militares positivistas, evolucionistas e revolucionários. Os militares positivistas acreditavam que a República seria um passo modernizante à vida política do país na medida em que o novo governo fosse conduzido por uma estrutura de poder centralizada nas mãos dos militares.

Em contrapartida, os chamados evolucionistas, apoiados pelos cafeicultores paulistas, esperavam que o regime republicano instaurasse maiores liberdades políticas e não que o mesmo não fosse criado por meio de grandes agitações. Por fim, manifestando uma ala republicana minoritária, os revolucionários esperavam que o novo regime fosse inspirado na Primeira República Francesa (1792 - 1794), onde os populares tinham significativa participação.

Por fim, entre tantas orientações, observamos que as alas militares foram responsáveis por uma transição política carente de qualquer apoio das classes menos privilegiadas. Não por acaso, o fim da monarquia brasileira não abriu caminho para que os velhos dilemas da exclusão social, política e econômica fossem finalmente colocados em questão. Formada por uma população miserável e inculta, a nação brasileira passou das mãos dos militares para as novas elites agroexportadoras.

Se por um lado o progresso anunciado pela nossa nova bandeira se fazia sentir nos grandes centros urbanos, a maioria da população rural se mostrava presa ao poder reservado aos grandes proprietários. Entre outras garantias, a Constituição de 1891 vetou a ampliação dos direitos políticos ao determinar a exclusão dos analfabetos de qualquer processo eleitoral. Dessa forma, as enormes diferenças sociais e a precariedade do sistema de ensino pavimentavam o conservadorismo republicano.

Por fim, observamos que a República Brasileira não se transformou em instrumento de diálogo entre as classes dirigentes do país e a grande massa de proletários rurais e urbanos. A ausência deste diálogo acabou sendo pedra fundamental para que uma série de revoltas colocasse em voga o enorme vão que separava o Estado e as maiorias que deveria de fato representar. As possíveis transformações do nosso sistema representativo foram lançadas ao esquecimento.

Equipe Brasil Escola

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

          Leite, leitura

letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo,tudo,tudo
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura
Paulo Leminski

segunda-feira, 5 de novembro de 2012



No dia 5 de Novembro, é comemorado nacionalmente o dia do designer. Data que se refere ao nascimento de Aloísio Magalhães, um criador múltiplo, e que embora fosse formado em Direito, foi o pioneiro dodesign gráfico de nosso país.
                         
Curiosamente, a principal referência do design brasileiro atual, os Irmãos Campana, também não sãodesigners, um é arquiteto, e outro advogado. Sergio Rodrigues, uma referência sempre atual para o design de mobiliário, é arquiteto.Onde estão os designers? Para quem devemos dar parabéns no dia do designer? Essa é a questão que gostaríamos de levantar, não em sentido pejorativo, mas sim com o intuito de instigar a vontade de saber o que é fazer design.
Afastando o lado glamuroso em que alguns designers já consagrados vivem, a base do trabalho de designer, o trabalho do dia-a-dia, deve levar a um lugar comum: qualidade de vida. É nisso que nós do Design em Dia acreditamos, e de certa forma confirmamos com esse pouquíssimo tempo em quedesenvolvemos nosso trabalho. Por isso questionamos quem são os designers? Que atividade dá o título de designer  a uma pessoa? Graduação em curso técnico ou universidade? Experiência de anos de indústria? Várias turmas de designers formados sob sua orientação? Ou basta trabalhar para que de alguma forma seja melhorada a qualidade de vida?
É curioso nós, designers, pensarmos desta forma, principalmente por que isto soa como uma desvalorização da profissão. Mas, podem estar certos que não passa nem perto disso. É uma maneira de encarar que nosso “ganha pão” é composto por uma grande parcela de vontade de fazer acontecer, e que de nada adianta termos estrutura, dom, habilidades específicas, se ficarmos no ostracismo, esperando alguma coisa acontecer, que a valorização caia do céu. Os fatos mostram que muitas pessoas que não tem a “formação” de designer, batalham por acreditarem em suas idéias, em seus produtos, em suas expressões e chegam lá. Obviamente, estão à mercê de inúmeras críticas, mas quem não está? E isso também não diminui a contribuição que trazem.
Temos a certeza de que, quem está no mercado sabe que cada dia, temos que provar do que somos capazes. Estamos sempre sob julgamento de quem confunde design com gosto pessoal, e quer sempre que você faça alguma coisa mais “bonitinha” do que já existe, mais “moderno”, com “valor agregado”, “quase” igual a alguma coisa que já existe... complicado né?! Confesso que achávamos que isso ocorria por estarmos no Brasil, onde o design tem muito o que crescer. Mas nos surpreendemos com uma afirmação de Bruce Wood, da Glasgow Caledonian University, em uma das palestras do Design To Business, onde ele disse que na Escócia, os empresários normalmente acreditam nos engenheiros, nos contadores, nos médicos, mas que os designers sempre têm que provar o que estão dizendo.
Nossa mensagem, não é diferente da tradicional... 10% inspiração e 90% de transpiração.
   DIA 05 DE NOVEMBRO: DIA DO CINEMA                     BRASILEIRO.

                                      
No dia 8 de julho de 1896, sete meses depois de os irmãos Lumière inaugurarem a sétima arte em Paris, o Rio de Janeiro exibiu a primeira sessão de cinema no Brasil. No ano seguinte, em 1897, Paschoal Segreto e José Roberto Cunha Salles abriram a primeira sala de cinema, também no Rio de Janeiro, na rua do Ouvidor.
A sala chamava “Salão Novidades de Paris” e exibiu o primeiro filme brasileiro em 1898.

O filme, rodado por Afonso Segreto, mostrava um documentário com imagens da Baía de Guanabara. Aliás, os documentários foram as primeiras produções brasileiras. Depois de 1912, começava uma incipiente produção nacional com “Os Três Irmãos” e “Na Primavera da Vida”, do cineasta Humberto Mauro. Mas foi somente em 1929 que foi lançado o primeiro filme brasileiro totalmente sonorizado. O filme se chamava “Limite” e foi filmado por Mário Peixoto.
Em 1930, o primeiro estúdio de cinema do Brasil foi instalado no Rio de Janeiro, por Adhemar Gonzaga. Chamado de Cinédia, o estúdio produzia comédias musicais e dramas populares.

Em 1941, surgiu a Atlântida, famosa produtora das chanchadas que marcaram época, revelando cineastas como Carlos Manga. No fim da década de 40, foi a vez do estúdio Vera Cruz, que começou a produzir filmes no estilo de Hollywood. Em 1952, o filme “O Cangaceiro”, rodado por Lima Barreto, conseguiu entrar no circuito internacional e foi premiado no Festival de Cannes em 1953.
Autor: Juscelino Tanaka

05 DE NOVEMBRO- DIA DA CULTURA BRASILEIRA


DIA DA CULTURA
** Luiz Antonio de Assis Brasil
            Comemora-se hoje o Dia da Cultura Brasileira, homenagem a Ruy Barbosa, nascido em 5 de novembro de 1849. É momento de celebração e também de prestar contas, ainda que sumariamente, do que a Secretaria de Estado da Cultura já realizou em 2011. O trabalho tem um facilitador, um norte: as metas do programa do governo Tarso Genro para a área. Antes de tudo, é importante dizer que a Sedac funciona como uma equipe que trabalha com democracia interna, e busca, em todas as decisões, discuti-las com a comunidade cultural. Isso não nos paralisa; antes, nos estimula e fortalece. Não custa sublinhar que a Sedac é uma instituição enorme, com 3 fundações, 13 instituições, 2 sistemas, 9 museus e 5 bibliotecas, o que bem representa a complexidade de seu trabalho.
            Nestes dez meses, foi possível estabelecer ampla conversação com todas as expressões culturais, sejam aquelas mais tradicionais – e tradicionalistas, em sentido estrito – sejam as de ponta, geradas pela cultura urbana internacional. Isso não é fácil, por certo, mormente num Estado em que ambas as expressões são muito fortes e geradoras de históricas demandas.
            Trabalhou-se em planejamento e em ações efetivas, via transversalidade, com vários agentes públicos e privados. Quanto ao primeiro aspecto, foram implantados 10 Colegiados Setoriais e realizados oito Diálogos Culturais, abrangendo 300 municípios, com vistas à elaboração do      Plano Estadual de Cultura. O PEC está em vias de transformação em documento e, posteriormente, em lei. É possível alinhar também os convênios com o Ministério da Cultura, especialmente com o Programa Mais Cultura-RS, restabelecendo-se um diálogo que se encontrava rompido há anos; tais convênios preveem ações em parceria, sempre com contrapartida do Estado. Essas atuações referem-se a modernizações de bibliotecas, a criação de pontos de cultura, a instrumentalização de agentes de leitura, a qualificação das ações na área do patrimônio, dentre muitas.
            No que se refere à área do livro e da leitura, o Instituto Estadual do Livro fez reviver o Projeto Autor Presente e o Plano de Edições; recuperou-se a Revista :VOX e instituiu-se uma das maiores premiações nacionais, o Prêmio Moacyr Scliar, sempre com parcerias com a Corag e outras instituições. Via edital, a Sedac está em fase de seleção para modernizar 50 bibliotecas públicas em cidades de até dez mil habitantes; nas artes plásticas, reavivamos o Instituto de Artes Visuais e demos passos efetivos para a transferência do Museu de Arte Contemporânea para uma sede própria; criamos também o Prêmio Ieavi de Artes Visuais. A Casa de Cultura Mario Quintana, além de desenvolver uma programação diuturna e intensíssima, já está no começo de sua restauração integral, com apoio do Banrisul. A Sala Sinfônica da OSPA, enfim, sairá do papel, correspondendo a uma aspiração de décadas da comunidade gaúcha. Quanto ao cinema, selecionamos 10 longas-metragens para o apoio, com verbas públicas, de sua breve conclusão.
            Isso é pouco e é muito, de acordo com o enfoque; mas o certo é que nada disso seria possível sem o apoio em peso da comunidade cultural, que não falha quando convocada; cabe, ainda e por justiça, referir o suporte dos meios de comunicação, difusores privilegiados das ações e programações que não são nossas, não são do governo, mas de toda população do Rio Grande.

**Secretário de Estado da Cultura

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


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frese incentivando a ler

Hino à Proclamação da República. Liberdade! Liberdade!

Em homenagem ao dia da Proclamação da República, não tendo muito que escrever, faço minha singela homenagem transcrevendo seu hino.
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Essa República que a cada dia é menos respeitada. Essa República que não sabemos nem do que se trata. Essa República que nossos “formadores de opinião” ainda a julgam na infância com 117 anos, pois nem conta sabem fazer, mas falar que a grande mídia caiu! ah!, isso eles falam de boca cheia. Essa República que a cada novo dia é governada por não republicanos, para não dizer o que deveria dizer com as devidas palavras.
Há espias até para quem escreve ao vento! Acreditem. Há.
Não a toa cada vez mais temos “trintões e trintonas” (para ficar somente na minha geração, resultado da geração paz e amor!) com a mentalidade de infantes. Tratamos de comemorar o dia como somente mais um feriado. Viva! Esse é o verdadeiro Brasil. País de infantes, para ser simpático.
Onde estão os Republicanos? Vamos ao que interessa, eis o hino. Salve a Liberdade, ainda que tentem nos tirá-la a cada dia. Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!
Hino à Proclamação da República
Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País…
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, avante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade!
Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Letra: Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Augusto Miguez
Retirado do Livro Hinos e Canções Militares, Edição de 1976.