É curioso nós, designers, pensarmos desta forma, principalmente por que isto soa como uma desvalorização da profissão. Mas, podem estar certos que não passa nem perto disso. É uma maneira de encarar que nosso “ganha pão” é composto por uma grande parcela de vontade de fazer acontecer, e que de nada adianta termos estrutura, dom, habilidades específicas, se ficarmos no ostracismo, esperando alguma coisa acontecer, que a valorização caia do céu. Os fatos mostram que muitas pessoas que não tem a “formação” de designer, batalham por acreditarem em suas idéias, em seus produtos, em suas expressões e chegam lá. Obviamente, estão à mercê de inúmeras críticas, mas quem não está? E isso também não diminui a contribuição que trazem.
Temos a certeza de que, quem está no mercado sabe que cada dia, temos que provar do que somos capazes. Estamos sempre sob julgamento de quem confunde design com gosto pessoal, e quer sempre que você faça alguma coisa mais “bonitinha” do que já existe, mais “moderno”, com “valor agregado”, “quase” igual a alguma coisa que já existe... complicado né?! Confesso que achávamos que isso ocorria por estarmos no Brasil, onde o design tem muito o que crescer. Mas nos surpreendemos com uma afirmação de Bruce Wood, da Glasgow Caledonian University, em uma das palestras do Design To Business, onde ele disse que na Escócia, os empresários normalmente acreditam nos engenheiros, nos contadores, nos médicos, mas que os designers sempre têm que provar o que estão dizendo.
Nossa mensagem, não é diferente da tradicional... 10% inspiração e 90% de transpiração.
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